O Monte Olimpo e seus Deuses

Por Rafael Brito

Situado ao norte da Grécia (no limite entre Tessália e Macedônia, próximo ao Mar Egeu), com 2917 m de altitude, o Monte Olimpo é o ponto mais alto da Grécia. Tem o cume coberto de neve e, quase sempre, com nuvens sobre o local; é também chamado de Olimpo Superior, por oposição ao Olimpo Inferior, pico adjacente com 1.588m, localizado ao sul. Acreditava-se, na mitologia grega, que tinha sido a casa dos deuses. Em seu topo ficavam os palácios dos deuses, construídos por Hefesto, o deus “artesão”.

A entrada para o Olimpo era por um portão de nuvens, protegido pelas deusas conhecidas como as Estações. Zeus era o senhor do Olimpo, e os deuses festejavam com néctar e ambrosia, ao som de doces melodias entoadas pelas Musas.

No Olimpo, os deuses formavam uma sociedade que os classificava em termos de autoridade e poderes. Porém, os deuses poderiam vagar livremente, e foram associados deuses individuais com três principais domínios: o céu, ou paraíso; o mar; e a terra. As 12 principais deidades olímpicas eram Zeus e sua esposa Hera; seus irmãos Posêidon, deus do mar, e Hades, deus do submundo; sua irmã Héstia, deusa do lar; e da próxima geração: Atena, deusa de sabedoria; Ares, deus de guerra; Apolo, deus do sol; Ártemis, deusa da lua e da caça; Afrodite, deusa de amor; Hermes, mensageiro dos deuses; e Hefesto.

Zeus

Na mitologia grega, é o deus do céu soberano dos deuses olímpicos. Corresponde ao deus romano Júpiter.

Zeus era chamado o “pai dos deuses e dos mortais”. Ele não criou deuses ou mortais; mas era seu protetor e senhor. Ele era o senhor do céu, o deus de chuva, aquele que lançava o raio terrível e podia fazer tremer o universo com um gesto. Seu escudo era a égide; seu pássaro, a águia; sua árvore, o carvalho.

Zeus era o filho mais jovem dos Titãs Cronos e Réia, e o irmão das deidades Posêidon, Hades, Héstia, Demeter, e Hera. De acordo com um dos antigos mitos sobre o nascimento de Zeus, Cronos, engolia cada um de seus filhos logo após nascerem, obedecendo a um acordo com o irmão mais velho, Titão: Cronos controlaria o universo, mas seus filhos não poderiam fazê-lo, garantindo que apenas a descendência de Titão tivesse esse direito. Porém, no nascimento de Zeus, Réia deu uma pedra embrulhada em roupas para Cronos engolir; escondendo o deus infante em Creta, onde ele foi alimentado com o leite da cabra Amaltéia e criado por ninfas.

Quando o Zeus atingiu a maturidade, forçou Cronos a vomitar as outras crianças – que estavam ansiosas por se vingar do pai. Na guerra que seguiu, os Titãs lutaram ao lado de Cronos; não desejando se submeter ao domínio de Zeus, colocaram o monte Pélion sobre o Ossa, para que pudessem atacar o Olimpo. E nessa disputa, arremessavam-se raios e montanhas por toda parte. Assim, formou-se a conformação da natureza hoje vista – os rochedos que caíam na terra formavam novas montanhas, e os caídos no mar, novas ilhas.

Apesar dos fortes adversários, Zeus e os outros deuses tiveram êxito, exilando os Titãs no abismo de Tártaro. Desde então, Zeus comandou os céus; e seus irmãos Posêidon e Hades, controlavam o mar e o submundo, respectivamente. A terra seria regida por todos os três.

Segundo os antigos poetas, Zeus é descrito de dois modos muito diferentes. Ele é representado como o deus de justiça e clemência, o protetor do fraco, aquele que combate o mau. Ao mesmo tempo, Zeus é citado como um deus que, a todo momento, se apaixona por uma mulher nova; recorrendo a todos os tipos de truques para esconder sua infidelidade da esposa. Freqüentemente, ele assumia a forma de um animal ou de nuvem para não ser descoberto. As histórias de suas travessuras são numerosas na mitologia, e muitos de seus descendentes foram resultado de seus casos amorosos com deusas ou mulheres mortais.

Hera

Na mitologia grega, é a rainha dos deuses, também filha dos Titãs Cronos e Réia, e a irmã e esposa do deus Zeus. Segundo a lenda, num frio dia de inverno, Hera passeava sozinha pelos campos quando, de repente, um cuco adejou por sobre a sua cabeça, logo pousando em seu ombro. Ao ver que a ave tremia de frio, Hera, penalizada, acariciou o pobre animal, aquecendo-o em seu alvo colo. Este cuco era Zeus, seu irmão, que por ela se apaixonara e, então voltando à verdadeira forma, expressou todo seu amor, pedindo-a em casamento. O matrimônio foi celebrado em Creta, tendo comparecido todos os deuses e semideuses, com exceção de Queloni (que, por tal desfeita, foi transformada em tartaruga).

Apesar de citada como deusa da vegetação em algumas lendas, é principalmente vista como a deusa do matrimônio, protetora das mulheres casadas. Era uma esposa ciumenta que freqüentemente perseguia as amantes de Zeus, bem como seus filhos. Ela nunca se esquecia de um dano que sofresse; e era conhecida por sua natureza vingativa. Brava com o príncipe troiano Páris – que preferiu Afrodite (a deusa do amor) a ela – Hera ajudou os gregos na Guerra de Tróia, e não ficou satisfeita até que Tróia fosse completamente destruída. Hera é identificada freqüentemente com a deusa romana Juno.

Posêidon

Deus grego dos mares e oceanos, filho dos Titãs Cronos e Réia, e o irmão de Zeus e Hades. Posêidon (ou Posídon) vivia em seu palácio, no fundo do mar Egeu. Era o marido de Anfitrite, uma das Nereidas, com quem ele teve um filho, Tritão. Porém, Posêidon teve numerosos outros casos de amor, principalmente com ninfas de fontes e nascentes; e tinha vários filhos famosos por sua selvageria e crueldade, entre eles o gigantesco Orion e o Ciclope Polifemo. Posêidon e a górgona Medusa eram os pais de Pegasus, o famoso cavalo alado.

Posêidon teve importante papel em diversos mitos e lendas. Ele disputou, sem sucesso, com Atena, deusa de sabedoria, o controle de Atenas. Quando ele e Apolo foram enganados – não sendo recompensados, como de prometido, depois de ter ajudado o rei de Tróia a construir os muros daquela cidade, não houve nada que pudesse impedir a vingança de Posêidon contra Tróia. Ele enviou um terrível monstro do mar, para que saqueasse a terra; e durante a Guerra de Tróia, ele ajudou os gregos.

Nos quadros e esculturas, Posêidon é representado como uma figura barbuda e majestosa, segurando um tridente – com o qual, nas lendas, comandava as águas e provocava tremores de terra – e freqüentemente acompanhado por um golfinho. Os romanos identificaram Posêidon com seu deus do mar, Netuno.

Hades

Deus grego dos mortos, também conhecido como Clímeno ou Eubuleu. É o filho dos Titãs Cronos e Réia e o irmão de Zeus e Posêidon. Quando os três irmãos dividiram o universo, logo após depor seu pai, Cronos, Hades se tornou senhor do submundo. Lá, com sua rainha Perséfone, que ele havia seqüestrado do mundo superior, ele criou o reino dos mortos.

Embora fosse um deus severo e impiedoso, que não se satisfazia através de oração ou sacrificio, ele não era mau. Na verdade, ele também era conhecido como Plutão, senhor da riqueza, porque se acreditava que colheitas e metais preciosos vinham de seu reino no subsolo.

O próprio submundo foi freqüentemente chamado de Hades. Foi dividido em duas regiões: Érebo, por onde passam os mortos assim que eles morrem, e Tártaro, a região mais funda onde os Titãs foram presos. As almas dos mortos são levadas por Hermes até o Hades, onde serão julgadas pelos três juízes do inferno: Minos, Éaco e Radamanto.

O Hades é um lugar escuro e infeliz, habitado por sombras e formas vagas, e vigiado por Cérbero, cachorro de três cabeças e rabo de dragão que festeja os que chegam e nunca os deixa sair. Rios sinistros separaram o submundo do mundo acima, e o velho barqueiro Caronte transporta numa balsa as almas dos mortos através destas águas. Em algum lugar na escuridão do submundo, fica situado o palácio de Hades. É representado como um lugar escuro e medonho, com muitos portões, cheio de convidados, e localizado em meio a campos sombrios e paisagens tenebrosas.

Em lendas posteriores, o submundo é descrito como o lugar onde o bem é recompensado e o mal castigado.

Héstia

Deusa virgem dos lares (e das lareiras), a filha primogênita dos Titãs Cronos e Réia. Ela presidia em todos os altares em que havia o fogo sacrificatório; sendo oferecidas a ela as orações antes e depois das refeições. Embora apareça em muito poucos mitos, a maioria das cidades teve uma lareira ou templo comum onde o seu fogo sagrado queimou. Em Roma, Héstia era conhecida como Vesta, e seu fogo era mantido por seis sacerdotisas virgens conhecidas como vestais (as quais eram ameaçadas de serem enterradas vivas, caso quebrassem o voto de castidade ou deixassem a chama sagrada se apagar).

Atena

Uma das deusas mais importantes na mitologia grega. Também conhecida como Pallas Atena, foi identificada com a deusa Minerva da mitologia romana. Atena saiu da testa de Zeus, já adulta e de armadura; e era a filha favorita dele. Esse inusitado nascimento ocorreu da seguinte maneira: Zeus, para evitar que uma profecia se concretizasse, engoliu Métis, uma de suas amantes, que estava grávida. Tendo feito isso, disse a Hefesto que o golpeasse na cabeça com um machado – assim, pode Atena nascer.

Zeus confiou a Atena seu escudo, adornado com a horrenda cabeça da górgona Medusa, e sua arma principal, o raio. Sendo uma deusa virgem, ela foi chamada Parthenos (“a moça”). Seu templo principal, o Parthenon, ficava em Atenas, que, de acordo com lenda, se tornou dela quando presenteou o povo ateniense com a oliveira.

Atena era principalmente a deusa das cidades gregas, da indústria e das artes, e, na mitologia posterior, da sabedoria. Era também deusa da guerra.

Atena era a partidária mais forte, entre os deuses, do lado grego na Guerra de Tróia. Porém, depois da queda de Tróia, os gregos não respeitaram a santidade de um altar dedicado a Atena, no qual a profeta troiana Cassandra buscou abrigo. Como castigo, tempestades enviadas pelo deus do mar, Posêidon, a pedido de Atena, destruíram a maioria dos navios gregos que voltam de Tróia.

Atena também era uma protetora das artes agrícolas e do artesanato das mulheres, especialmente fiar e tecer. Entre os presentes que deu aos homens, estavam as invenções do arado e da flauta, bem como as artes de domesticar animais, da construção de navios, e de fazer sapatos. Ela era freqüentemente associada com pássaros, especialmente a coruja.

Ares

Deus grego da guerra e filho de Zeus e Hera. Os romanos o identificaram com Marte, também um deus da guerra. Agressivo e sanguinário, Ares personifica a natureza brutal da guerra. Era impopular tanto com deuses como humanos. Lutava a pé ou num carro puxado por cavalos, às vezes em companhia dos filhos que teve com Afrodite (sua esposa em alguns contos – e amante noutros): Deimos (o Medo) e Fobos (o Terror), e outras vezes com sua irmã Éris (a Discórdia). Certa vez, seu caso amoroso com Afrodite foi descoberto pelo marido desta, Hefesto, que ardilosamente prendeu tanto ele como os demais amantes numa rede, para levá-los ao julgamento dos deuses por tal traição.

Embora feroz e bélico, Ares não era invencível, até mesmo contra mortais.

Apolo

Na mitologia grega, é irmão gêmeo de Ártemis e filho de Zeus e Leto, a filha de um Titã. Apolo, o deus do Sol, era também chamado Febo (brilhante).

Apolo e Ártemis nasceram na ilha de Delos (um dos locais de seu culto), onde, na ocasião, sua mãe se refugiara da fúria de Hera, a ciumenta esposa de Zeus. Segundo a lenda, Leto, ao sentir que logo nasceriam seus filhos divinos, saiu em busca de algum abrigo. Mas nada encontrava, pois Geia, por ordens da vingativa Hera, não ofereceria nenhum refúgio à deusa grávida. Porém, para a sorte de Leto e seus futuros filhos, Posêidon, fendendo uma rocha com seu tridente, fez com que surgisse a ilha de Delos, onde Leto, sob a forma de uma codorna, pode finalmente ter os deuses gêmeos Apolo e Ártemis.

Com pouco tempo de vida, o já prodigioso deus Apolo matou a flechadas a temível serpente Píton, que assolava a região do Parnaso. Posteriormente a esse feito, o vaidoso deus Apolo encontrou o infante Cupido com arco e flecha nas mãos, ao que disse: “que fazes com armas mortíferas, menino. Deixai isso para quem sabe manejá-las, como eu”.

Cupido, ressentido por tais palavras, desferiu uma seta no coração do deus-sol, fazendo-o apaixonar-se pela ninfa Dafne, filha de Peneu, a qual passou a rejeitar todas as suas investidas amorosas. Quando Apolo a perseguia, esta, temendo ser capturada pelo deus apaixonado, pediu ao pai que salvasse. Transformou-se, então, num loureiro, planta que passou a ser a favorita de Apolo.

Outro amor de Apolo foi um belo jovem chamado Jacinto. Acompanhava-o em todas as suas diversões, seguindo-o pelas montanhas e durante as caçadas. Certa vez, enquanto brincavam de lançar um disco pelos ares, Zéfiro, por ciúme de Jacinto, fez com que o disco o atingisse na testa, ao que o jovem caiu sem vida. Apolo, cheio de dor pela morte que causara (pois foi isso que lhe parecera), transformou o jovem numa bela flor, o jacinto.

Apolo teve, com a ninfa Coronis, seu filho Asclépio (Esculápio para os romanos), que foi posteriormente fulminado pelo raio de Zeus ao quebrar a ordem natural, trazendo à vida quem já havia morrido. Furioso, Apolo matou os ciclopes que haviam forjado o raio fatal. Como punição por tal vingança, Apolo foi condenado a servir um mortal, o rei Admeto da Tessália, enquanto passava nove anos de exílio na terra.

Nas lendas homéricas, Apolo era principalmente um deus da profecia. Seu oráculo mais importante ficava em Delfos, local em que vencera a serpente Píton (com apenas um de idade e armado com arco e flecha). Nesse templo, a pítia, ou pitonisa (como se denominava a donzela que fazia as previsões), inalava os vapores que saíam de uma fenda na terra e, em profundo êxtase, pronunciava o oráculo sob a influência de Apolo. Algumas vezes, Apolo deu o dom da profecia a mortais que ele amava, como a princesa troiana Cassandra.

Apolo era um músico talentoso que deleitava os deuses tocando maravilhosamente em sua lira. Certa vez, derrotou Pã num torneio musical, tornando-se então o deus da música. Ele também era um grande arqueiro e atleta, sendo o primeiro vencedor nos Jogos olímpicos. Sua irmã gêmea, Ártemis, era a guardiã de mulheres jovens; sendo Apolo o protetor especial de homens jovens. Ele também era o deus da agricultura, do pastoreio, da luz e da verdade. Ele ensinou aos humanos a arte de curar (como se pode ver na história de Asclépio). Talvez por causa de sua beleza, Apolo foi representado em arte antiga mais que qualquer outra deidade.

Ártemis

Um das principais deusas gregas, equivalente à deusa romana Diana. Ela era a filha de Zeus e Leto, e a irmã gêmea do deus o Apolo. Era a maior caçadora dentre os deuses, pois era a deusa da caça e de animais selvagens, especialmente ursos. Ártemis também era a deusa de parto, da natureza e da colheita. Como a deusa da lua, ela foi identificada às vezes com as deusas Selene e Hécate.

Embora normalmente a amiga e protetora da juventude, especialmente das moças, Ártemis impediu os gregos de velejar a Tróia durante a guerra, até que eles sacrificassem uma virgem a ela. De acordo com algumas histórias, logo antes o sacrifício, ela salvou a vítima, Ifigênia. Tal como Apolo, Ártemis carregava um arco e setas, com os quais ela castigava os mortais que a contrariavam. Eis alguns de seus feitos mais cruéis: matou o gigante caçador Órion; condenou a ninfa Calisto (uma de suas seguidoras) à morte, por aceder aos encantos de Zeus; transformou Acteão (neto de Cadmo) em cervo, para que fosse devorado por sua própria matilha; e, ajudada por Apolo, matou todos os filhos de Níobe e Anfião, por ordem de Leto, a quem Níobe ofendera. Este último evento ocorreu da seguinte forma: Níobe, rainha de Tebas, sentia-se a mais feliz das mães, pois possuía sete filhos e sete filhas.

Envaidecida por sua prole, interrompeu as celebrações em honra de Leto e seus filhos Apolo e Ártemis, afirmando ser mais digna de honrarias do que uma mera deusa que teve apenas dois filhos. Assim, o povo obedeceu, não completando os ritos em honra da deusa. Leto, indignada, dirigiu-se a seus filhos, dizendo que estes deveriam garantir a preservação do culto, ao que Apolo interrompeu, dizendo que nada mais precisava ser dito, que o castigo por tais ofensas não haveria de tardar.

Descendo dos céus, os dois irmão seguiram rumo ao local onde estavam os filhos de Níobe. Disparando suas setas, foram matando um a um dos rapazes. Ao chegar a vez do último, Ilioneus, este levantou os braços aos céus, em súplica – ao que Apolo teria atendido, se a flecha já não estivesse em pleno vôo. Níobe estava aterrorizada, chorando junto aos corpos de sues filhos. Anfíon, seu marido, não agüentando a dor, suicidou-se.

Níobe disse, então: “Oh, impiedosa Leto, regozija-te com a minha dor, mas saibas que, mesmo perdendo meus sete filhos, ainda sou mais rica que tu”. Mal acabar de dizer estas palavras, outra flecha foi lançada, ao que uma de suas filhas, que lamentava a tragédia, caiu morta. O mesmo aconteceu com as demais, até a desesperada Níobe encontrar-se só, em meio a sua família dizimada. Sentada entre os cadáveres, ficou imóvel – a cor fugira de sua face, e seu olhar estava inerte; transformara-se em pedra. Apesar disso, continuavam a rolar lágrimas de seu rosto. E assim continuou – uma rocha da qual escorre um riacho, a lembrança de uma dor atroz.

Afrodite

Na mitologia grega, é a deusa do amor e beleza, correspondendo à deusa romana Vênus. Há duas versões para seu nascimento: numa primeira, diz-se que Cronos, filho de Urano, mutilou o pai e atirou ao mar seus órgãos genitais, sendo Afrodite nascida da espuma (em grego, aphros) assim formada; noutra versão, ela seria filha de Zeus e Dione. Afrodite tem como símbolos a romã, a murta, a pomba e o cisne. Possuía um cinturão mágico, através do qual deixava os homens completamente seduzidos.

De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefesto, o deus manco e feio do fogo. Seus amantes incluem Ares, deus de guerra que em mitologia posterior foi representado como seu marido. Era a rival de Perséfone, rainha do submundo, na disputa pelo amor do belo jovem grego Adonis.

Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite seja a da causa da Guerra de Tróia. Éris, a personificação de discórdia – a única deusa não convidada ao casamento de Rei Peleus e a ninfa do mar Tétis – lançou, em meio aos convidados da festa, uma maçã dourada na qual se lia: “para a mais justa”. Hera, Atena Afrodite prontamente reivindicaram a maçã.

Quando o Zeus recusou julgar entre elas qual merecia o prêmio, estas perguntaram então a Páris, príncipe de Tróia. Cada deusa ofereceu a Páris um suborno: Hera prometeu-lhe poder; Atena ofereceu grandes conquistas e sabedoria; e Afrodite disse que ele poderia ter a mais bela das mulheres. Páris declarou Afrodite a mais justa e escolheu como recompensa ter o amor de Helena, a esposa do rei grego Menelau. O seqüestro de Helena, por Páris, conduziu à Guerra de Tróia.

Hermes

Na mitologia grega, é o mensageiro dos deuses, o filho de Zeus e de Maia, filha do Gigantesco Atlas. Pelos romanos, é identificado com Mercúrio.

Como o criado especial e mensageiro de Zeus, Hermes possui sandálias e chapéu alados, e carrega um Caduceu dourado, ou vara mágica, entrelaçado com cobras e encimado por asas (com o qual distribui sorte e riqueza). Ele conduz as almas do mortos ao submundo, e acreditava-se que ele possuía poderes sobre o sono e os sonhos. Hermes também era o deus do comércio, e o protetor das estradas, dos rebanhos e dos viajantes. Como a deidade dos atletas, ele protege ginásios e estádios.

Apesar de suas características virtuosas, Hermes era também um inimigo perigoso, um malandro e patrono dos ladrões. No dia de seu nascimento, ele roubou o gado do irmão, o deus do sol Apolo, obscurecendo seu rastro fazendo o rebanho caminha de costas. Quando questionado por Apolo, Hermes negou o roubo. Os irmãos finalmente se reconciliaram quando Hermes deu a Apolo a lira que recentemente inventara.

Hefesto

Deus grego do fogo e artesão dos deuses, filho de Zeus e da deusa Hera (ou, às vezes, considerado filho só de Hera). Em contraste com os outros deuses, Hefesto era manco e desajeitado. Logo após o seu nascimento, foi expulso do Olimpo, ou por Hera, que o repudiava pela deformidade, ou por Zeus (porque Hefesto tinha apoiado Hera contra ele). Segundo a primeira “versão”, Hera, envergonhada do filho, o jogara ao mar, de onde foi recolhido por Tétis, que o criou na ilha de Lemnos.

Na maioria das lendas, porém, logo ele foi novamente aceito no Olimpo; casando-se com Afrodite, deusa de amor (ou, segundo alguns contos, com Aglaia, uma das três Cárites). Como o artesão entre os deuses, Hefesto fez suas armaduras, armas, e jóias. Segundo as lendas, ele trabalhava debaixo do Monte Etna, um vulcão na Sicília. Hefesto é identificado freqüentemente com o deus romano do fogo, Vulcano.

1 comentário em “O Monte Olimpo e seus Deuses”

  1. Muito bom a matéria. Como sempre há contradições sobre os deuses Olímpicos, poderia ter uma matéria da Deméter e Dionisio futuramente.

Comentários encerrados.